Chapa de Armando vai ao TRE e acusa Paulo Câmara de uso da máquina

A coligação de Armando afirma que há disseminação de mentiras e uso da máquina pública em benefício de Paulo Câmara
Da editoria de Política
Publicado em 27/09/2018 às 14:48
A coligação de Armando afirma que há disseminação de mentiras e uso da máquina pública em benefício de Paulo Câmara Foto: Foto: Victor Tavares / Blog de Jamildo


Com informações de Victor Tavares, repórter do Blog de Jamildo

A chapa majoritária da coligação Pernambuco Vai Mudar, encabeçada por Armando Monteiro Neto (PTB) foi ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nesta quinta-feira (27), e acusou o governador Paulo Câmara (PSB) de usar a máquina pública na campanha de reeleição. Além de Armando, o vice na chapa Fred Ferreira e os candidatos ao Senado Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) participaram de uma reunião com o presidente da casa, Luiz Carlos Figueiredo. 

A coligação afirma que há disseminação de mentiras ligando Armando a trabalho escravo e uso da máquina pública em benefício do PSB. Segundo Armando, um funcionário da Prefeitura do Recife estaria, inclusive, distribuindo material de campanha em horário de trabalho. "Tem a denúncia grave que dá conta de que um funcionário público da prefeitura, no horário do expediente, está distribuindo material ilegal, há uma denúncia que foi registrada e o Ministério Público apura esse assunto", disse. "A distribuição é do material vinculando o presidente Lula a Paulo Câmara como se Lula fosse candidato", completou o candidato.

Nesta semana, o advogado Gustavo Bebianno, presidente do PSL, partido de Jair Bolsonaro, acionou o TRE-PE para pedir a investigação de um suposto material de campanha do governador Paulo Câmara que estaria trazendo o ex-presidente Lula (PT) como candidato. A representação protocolada pede que a Corte determine busca e apreensão na casa do socialista, nas sedes dos diretórios do PSB e do PT e em endereços de comitês.

O advogado da coligação de Paulo, Carlos Neves, negou que haja materiais de campanha do governador com Lula como candidato. "É baseada em vídeo e em informações soltas, sem data, sem dia e hora, local, ou seja, sem prova do fato e de qualquer irregularidade. Vê-se, inclusive, no vídeo que instrui a acusação, retirado da internet, que um militante, conscientemente, afirma que o material está sendo distribuído, pois o registro de Lula havia sido indeferido e ele contava com prazo de 10 dias para a sua substituição, ou seja, há prova inversa: prova do fato ser contemporâneo à fase de registro e não na presente fase da eleição, como quer fazer crer a ação", afirmou.

ARMANDO DIZ QUE CHAPA DE PAULO ESTÁ DESESPERADA

Armando ainda alfinetou a chapa de Paulo Câmara. "Só posso supor que é uma ação desesperada e demonstra temor que a eleição não está resolvida e isso inquieta o conjunto político que se imagina dono de Pernambuco. Na minha opinião esse projeto que não serve a Pernambuco possa estar em risco com nosso crescimento nas pesquisas", disse.

Sobre vinculação a trabalho escravo, Armando disse que isso fere sua moral. "Essa acusação oferece danos de natureza moral, sou cidadão antes de ser candidato e não aceito que seja atribuído a mim algo que é falso e dessa gravidade. O maior patrimônio de um cidadão é sua moral privada e pública, esse dano é irreparável. Insinuações que me apontam a trabalho escravo isso é absolutamente falso, desafio quem possa me veicular a esse assunto", afirmou.

O candidato do PTB afirma que a propaganda de Paulo mostra a reforma trabalhista retirando direitos do trabalhador, como proteção às grávidas, férias e intervalos de jornada de trabalho. Mas o petebista levanta que nenhuma das afirmações é verdadeira. "Algumas alegações absolutamente falsas que são veiculadas com insinuações sem amparo na realidade. Nesse momento a sociedade espera que as fake news não prosperem, portanto a Justiça Eleitoral tem esse papel e que possa representar uma garantia", comentou.

"Vamos pelos meios legais denunciar essa mentira, essa forma sórdida e reprovável que esse palanque vem se valendo. Nós divulgamos coisas que aconteceram e que estão registradas, mas essas insinuações não encontram amparo em nenhum dado e é isso que estamos cobrando", concluiu Armando Monteiro.

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