Haddad: campanha de Bolsonaro é baseada em mentiras no WhatsApp

''Entendo por que meu candidato não participa do debate. A campanha dele está baseada em mentiras no WhatsApp'', disse o petista
Estadão Conteúdo
Publicado em 15/10/2018 às 21:04
''Entendo por que meu candidato não participa do debate. A campanha dele está baseada em mentiras no WhatsApp'', disse o petista Foto: Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil


O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, retomou as críticas ao seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), pela ausência nos debates. "Lamento que hoje eu não esteja debatendo com meu adversário. Estava marcado um debate hoje", afirmou, durante evento em homenagem ao Dia do Professor, nesta segunda-feira (15).

"Entendo por que meu candidato não participa do debate. A campanha dele está baseada em mentiras no WhatsApp. Se você desligar o WhatsApp por cinco dias, ele desaparece", afirmou o petista.

Haddad participou de ato no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), no centro da capital paulista.

Professor universitário, Haddad tem grande apoio da categoria. Durante o evento, os presentes cantaram músicas de apoio ao petista. Na ocasião, a professora Maria Izabel Noronha, eleita deputada estadual em SP pelo PT, afirmou que a categoria não pode "usar de muito eufemismo" para dizer o que a outra candidatura representa para a categoria. "(Bolsonaro diz) Que nós professores trabalhamos com a farsa do kit gay. É mentira do candidato. Desafio ele a fazer essa pergunta do kit gay aqui. Vocês receberam esse kit gay?", questionou, ao passo que a plateia negou prontamente.

Ensino médio

O candidato do PT criticou ainda a falta de comprometimento dos governadores em debates de soluções para o ensino médio. "Os governos estaduais, responsáveis pelo ensino médio, colocam a educação em geral como quarta, quinta posição de prioridade", disse Haddad.

Segundo o petista, na época em que foi ministro de Educação, "nunca consegui fazer reunião com governadores. Governador se acha muito mais importante que ministro. Só atende chamado de presidente. Primeira coisa que vai acontecer: já que eles não atendem chamado de ministro, vão ter de atender o chamado do presidente da República", disse.

Haddad também afirmou que vai revogar a reforma do ensino médio, do governo de Michel Temer. "A gente sabe que escola com autonomia consegue organizar seu plano de trabalho. Isso é verdade. Só que isso foi confundido com precarização" na reforma, defendeu Haddad. O petista aproveitou para alfinetar Bolsonaro: "Nosso adversário tem ideia de levar educação à distância para o fundamental. Imagina uma criança de 10 anos estudando sozinha na frente de um computador?", disse, ao passo que lançou mão de ironia: "Quem sabe Bolsonaro sugere creche à distância?".

Teto do gastos

Haddad voltou a apontar o fim do teto dos gastos como o primeiro passo para possibilitar novos investimentos em educação. "É impossível cumprir qualquer plano de governo sem a revogarão da emenda constitucional 95", disse.

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