O candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), disse neste domingo (28), que, entre as primeiras medidas de um eventual governo peeselista estará a tentativa de modificar as atuais regras da Previdência para aposentadoria, inclusive, para militares.
“A primeira coisa [em caso de vitória] é darmos um ajuste na nossa economia. Botar o pessoal para trabalhar, pois temos muita gente sem emprego e subempregadas. E, óbvio, segurança [pública]”, disse Mourão a jornalistas, logo após votar em uma escola pública do Setor Militar, em Brasília.
“Acho que a reforma da Previdência é fundamental. Na minha avaliação, a [proposta] que está no Congresso já seria um grande passo para, mais para frente, ajustarmos de uma forma melhor. Esta, no entanto, será uma decisão que será tomada pelo presidente”, acrescentou o candidato, defendendo o aumento do tempo de serviço para militares.
Mourão negou a hipótese de que uma possível vitória de sua chapa represente uma volta dos militares ao poder. “Não são os militares [que irão assumir a presidência em caso de vitória]. São dois cidadãos brasileiros que já foram militares. As Forças Armadas continuarão cumprindo aquilo que a Constituição prevê”, pontuou o general, destacando que o país já teve vários presidentes saídos do meio militar, mas que “o momento atual é totalmente diferente”.
“O Bolsonaro, por exemplo, está há 28 anos dentro do Congresso e conhece bem como transitar por ali e conversar com os parlamentares. Além disso, [se eleitos] teremos o apoio de uma bancada de mais de 300 parlamentares, quase que independente de partidos. Em caso de vitória, vamos ter que aproveitar este começo, a lua de mel. E lua de mel de pobre é curta”, concluiu o candidato, voltando a criticar o músico Geraldo Azevedo, que o acusou de tortura durante o regime militar. Azevedo pediu desculpas, alegando ter se equivocado. "Essa eu guardo porque não atingiu apenas a mim, mas a minha família", disse Mourão.