PSB mostra Marina pela 1ª vez no horário eleitoral da TV

O primeiro programa de TV que mostrou Marina Silva como candidata do PSB à Presidência começou com imagens do velório e enterro de Eduardo Campos
Karol Albuquerque
Publicado em 21/08/2014 às 18:36
O primeiro programa de TV que mostrou Marina Silva como candidata do PSB à Presidência começou com imagens do velório e enterro de Eduardo Campos Foto: Foto: PSB


As campanhas de Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) utilizaram táticas diferentes no segundo dia de propaganda gratuita na TV. O PSB trouxe Marina Silva pela primeira vez, com trechos do discurso lido por ela nesta quarta-feira (20), ao aceitar a candidatura. 

O programa do PSDB, além de mostrar o discurso de Aécio contra o governo, apresentou uma minibiografia do candidato e uma entrevista com ele. O programa de Dilma usou sua vantagem de tempo sobre os adversários para apresentar obras e criticar a herança que o PT recebeu de outros governos.

MARINA - O primeiro programa de TV que mostrou Marina Silva como candidata do PSB à Presidência começou com imagens do velório e enterro de Eduardo Campos. Enquanto as imagens eram exibidas, Marina lia um discurso em homenagem ao ex-companheiro de chapa.

A ex-senadora chegou a interromper a leitura ao se emocionar lembrando o primeiro programa que seria exibido na TV, que já estava praticamente pronto quando Eduardo morreu. "Vi com muita emoção o primeiro programa de TV que íamos levar ao ar e me tocou profundamente a imagem do abraço que nos demos". 

Enquanto hoje a chapa enfrenta a crise da saída de Carlos Siqueira da coordenação de campanha, após atritos com a própria Marina, trechos do discurso da candidata exaltaram a necessidade de um esforço de união após a morte de Eduardo. "Que saiamos do trauma da perda de Eduardo dispostos a nos entendermos para levarmos adiante nossa missão", disse.

O programa de TV do PSB também destacou parte do discurso de ontem de Marina em que confirmou que seguirá os compromissos e o projeto traçado com Eduardo. "O programa é, em si mesmo, o pacto selado, o acordo maior que nos une."

AÉCIO - Depois de apresentar trechos do vídeo em que Aécio Neves aparece fazendo um discurso aos brasileiros, como no programa passado, o PSDB exibiu uma biografia de seu candidato. Nela, Aécio foi mostrado como o neto de Tancredo Neves, o deputado jovem e o governador que cortou o próprio salário para ajudar a resolver os problemas de caixa do governo de Minas Gerais.

Em uma entrevista com perguntas e respostas rápidas, Aécio disse que a saúde será "prioridade" em seu governo, que vai "enfrentar" os problemas de segurança, que terá "tolerância zero" com a inflação e que a corrupção é "inaceitável". O tucano voltou a prometer que, caso eleito, cortará pela metade os atuais 39 ministérios. Quando perguntado sobre como seria construído um futuro governo, Aécio respondeu: "Ética, eficiência e uma inabalável fé em Deus".

DILMA - O PT e os partidos aliados usaram a maior parte do programa para mostrar obras realizadas durante os governos de Lula e Dilma. Houve ainda críticas a governos anteriores. Dilma disse que o País sofre com "obstáculos herdados daquele tempo em que o Brasil não se organizava para planejar e executar".

Obras como as usinas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau foram mostradas como exemplo, com estatísticas exaltando o porte dos investimentos. A exploração do pré-sal e a transposição do Rio São Francisco também foram exibidas, esta como uma obra que, segundo a presidente, "vai secar muitas lágrimas do nordestino". "Muita gente no Brasil não sabe que estamos realizando obras desse porte", disse Dilma. "Por isso, quando dizem que o Brasil está parado, eu até acho graça", emendou. A campanha pediu para que quem tirou um "rousselfie" envie a foto pelo site. 

No fim do programa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas à imprensa que, segundo ele, "esconde obras fundamentais" que estão em andamento. "A campanha negativa de certa imprensa se tornou o principal partido de oposição", disse Lula. Em uma referência ao seu slogan na campanha de 2002, Lula disse que, com Dilma, "agora, a verdade vai vencer a mentira".

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