Defesa reafirma que delação premiada de Costa é ilegal

Nas condições em que foi feita a delação, argumenta a defesa, o depoimento não poderia ser considerado espontâneo
Carolina Sá Leitão
Publicado em 10/10/2014 às 20:00


A defesa do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró reforçou, em nota divulgada nesta sexta-feira (10), a linha que adotará em relação aos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef. Como afirmou nessa quinta-feira (9), em entrevista ao Broadcast, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, o advogado Edson Ribeiro alega que a delação premiada de Costa e Youssef é ilegal, pois foi acertada sob coerção e prisão dos dois.

"As declarações de Paulo Roberto Costa devem ser analisadas com reservas. Ele estava sob pressão, já que estava preso e na expectativa de que sua família fosse, também, processada e presa", diz a nota do advogado. Nessas condições, argumenta, o depoimento não poderia ser considerado espontâneo. "Toda e qualquer forma de violência ou ameaça, física ou moral, na obtenção da deleção premiada, leva à invalidade da prova", diz a nota.

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