'Oposição não vê que eleição acabou', diz Lula

Em palestra, ex-presidente pediu para a plateia se levantar e fazer um minuto de silêncio, em respeito ao ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que morreu na manhã da quinta-feira
Danilo Galindo
Publicado em 21/11/2014 às 11:26
Em palestra, ex-presidente pediu para a plateia se levantar e fazer um minuto de silêncio, em respeito ao ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que morreu na manhã da quinta-feira Foto: Foto: Heinrich Aikawa Instituto Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na quinta-feira (20), em Foz do Iguaçu, que aqueles que atacam o governo da presidente Dilma Rousseff atuam como se as eleições não tivessem acabado. “Parece que as eleições não acabaram ainda. Vão ter uma surpresa extraordinária porque ela sabe que ela tem que fazer o melhor governo desse País e que daqui quatro anos vai ter que escolher qual a imagem que ela quer deixar depois de uma mulher governar esse País durante oito anos.”

Lula foi convidado para ministrar palestra no encontro ‘Cultivando Água Boa’, da usina Itaipu Binacional. Ao sair do evento, ele evitou os jornalistas e quando questionado sobre a Operação Lava Jato disse para a imprensa procurar a Polícia Federal e o Ministério Público. Antes de iniciar a palestra, o ex-presidente pediu para a plateia se levantar e fazer um minuto de silêncio, em respeito ao ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que morreu na manhã de ontem.

Bastante aplaudido, durante o discurso de 40 minutos, o ex-presidente afirmou que o ódio demonstrado contra a presidente Dilma Rousseff não se deve ao fato de ela ter “prejudicado o sistema financeiro ou os empresários”. “O ódio é exatamente porque a filha de um pequeno agricultor está virando doutora nesse País”. Lula falou sobre a possibilidade de reavaliar as normas de distribuição dos royalties pagos hoje por Itaipu. Para ele, parte do montante poderia ser repassada a comunidades lindeiras, incluindo as indígenas. Atualmente, a compensação financeira é paga aos governos do Brasil e Paraguai e municípios lindeiros ao Lago de Itaipu, incluindo 16 brasileiros, como forma de compensação por terras alagadas.

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