Crimes da Lava Jato desviaram ao menos R$ 2,1 bi da Petrobras

Até agora 232 empresas e 150 pessoas estão sob investigação das autoridades
Folhapress
Publicado em 29/01/2015 às 14:42
Até agora 232 empresas e 150 pessoas estão sob investigação das autoridades Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil


BRASÍLIA, DF - Balanço divulgado pelo MPF (Ministério Público Federal) sobre a Operação Lava Jato, nesta quinta-feira (29), revela que os desvios na Petrobras já chegaram a R$ 2,1 bilhões. O valor refere-se somente aos crimes já denunciados. Caso novas denúncias sejam apresentadas à Justiça, o montante pode aumentar.

As informações constam num site criado especificamente para a Lava Jato, que narra a história da operação, indica o caminho para que internautas acessem as peças dos processos na Justiça do Paraná e fornece um endereço de e-mail para o envio de novas denúncias sobre o caso.

De acordo com o site, 232 empresas e 150 pessoas estão sob investigação das autoridades. Foram firmados 12 acordos de delação premiada e 18 acusações criminais foram feitas contra 86 pessoas pelos crimes de corrupção, tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa, lavagem de ativos, crimes contra o sistema financeiro nacional, entre outros.

O site também destaca que R$ 450 milhões já foram recuperados e há R$ 200 milhões em bens dos réus bloqueados pela Justiça para o ressarcimento de danos e pagamento de multas no caso de futuras condenações.

Idealizado pelo Ministério Público Federal no Paraná e desenvolvido pela Procuradoria-Geral da República, o site (www.lavajato.mpf.mp.br ) diz que "a Operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve", envolvendo grandes empreiteiras, doleiros, funcionários da Petrobras e políticos.

O prejuízo à Petrobras com os crimes investigados deve aumentar. O procurador federal Deltan Dallagnol, integrante da chamada "força-tarefa" da Operação Lava Jato, disse ao jornal "O Globo" que o rombo pode passar de R$ 5 bilhões apenas na área de Abastecimento. "Não podemos esquecer que houve corrupção já comprovada também na área internacional, o que pode elevar a estimativa", disse.

Reforço na comunicação

Com a proximidade da reabertura dos trabalhos do STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, resolveu reforçar a divulgação de ações do Ministério Público Federal e criou um Centro de Comunicação Integrada.

Ele contará, a partir da semana que vem, com quatro procuradores e seis profissionais de comunicação. Além da Lava Jato, a equipe trabalhará para identificar e divulgar a atuação do MPF nas diversas regiões do país, tanto nas capitais quanto nos municípios do interior.

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