O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), quer determinar a exumação do corpo do ex-deputado José Janene (PP-PR) após receber informações de que ele poderia não estar morto.
A exumação está sendo discutida nesta tarde na comissão. Motta diz já ter o apoio dos integrantes e que a decisão será referendada.
Peça central no escândalo da Operação Lava Jato, Janene montou o esquema de corrupção na Petrobras com o doleiro Alberto Youssef na diretoria de Abastecimento, comandada então por Paulo Roberto Costa. Também foi um dos réus no escândalo do mensalão.
Oficialmente, sua morte foi anunciada em setembro de 2010, por problemas cardíacos, aos 55 anos. Ele estava internado no Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, e aguardava por um transplante de coração.
Motta, porém, disse nesta quarta-feira (20) que recebeu informações de fontes que conversaram com a viúva de Janene e que relataram que ela não teria certeza se Janene de fato morreu. Um fato considerado estranho pelo presidente da CPI é que Janene teria sido velado em um caixão fechado, sem necessidade disso, pois morreu por problemas de coração.
"A viúva disse que o caixão chegou lacrado e existem fortes indícios de que ele possa estar vivo. Ninguém viu Janene morto", afirmou Motta, que inclusive citou que ouviu falar que o ex-deputado possa estar vivendo na América Central.
O presidente da CPI não revelou as fontes que deram essas informações.
Havendo consenso com os deputados, uma comissão de parlamentares será formada para ir ao Paraná acompanhar o processo. Ainda não há prazo para isso ocorrer.
Um dos requerimentos na CPI é justamente a convocação da viúva de Janene para prestar depoimento, mas o pedido ainda não foi aprovado.