O senador Romero Jucá (PMDB-RR) prestou depoimento nesta quarta-feira (20) à Polícia Federal e negou relacionamento com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Jucá é alvo de inquérito da Operação Lava Jato.
Em sua delação premiada, Costa disse que o senador, ao lado de outros peemedebistas como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria dado apoio para mantê-lo no cargo de diretor de Abastecimento da Petrobras.
O senador disse à PF que o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE) levou o ex-diretor a um almoço na casa de Renan Calheiros, em Brasília, no Lago Sul, em 2007. Estava presente também Henrique Eduardo Alves, hoje ministro do Turismo, segundo Jucá.
Na ocasião, de acordo com o senador, Costa queria apoio dos peemedebistas para ocupar a diretoria de Exploração e Produção. No entanto, os peemedebistas teriam dito ao hoje delator da Lava Jato que não dependia do PMDB, mas, sim, do governo. "Era uma diretoria do PP, não cabia a nós", disse Jucá.
Costa afirmou que o assunto tratado em todas as ocasiões com Jucá e Renan eram o apoio dele no cargo, em troca do delator "apoiar" o partido.
Jucá pediu para ser ouvido pela PF para esclarecer os fatos envolvendo o seu inquérito. Ele foi acompanhado do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.
O senador disse considerar legítima a investigação do Ministério Público sempre que houver dúvidas e que está à disposição para prestar esclarecimentos, mas que seja feita de forma rápida.