A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça (9) que o lançamento da nova etapa do programa de concessões em infraestrutura, que prevê investimentos de R$198,4 bilhões, marca “uma virada de página” para o governo na retomada do crescimento da economia.
“Para nós, desenvolvimento significa investimento, emprego, renda e qualidade de vida. Significa capacidade de crescer, trabalhar e produzir. Estamos iniciando progressiva virada de página, virada gradual e realista para mostrar que, se são grandes as dificuldades, maiores são a energia e a disposição do povo e do governo de fazer nosso país seguir em frente”, disse em discurso durante o lançamento do plano.
Dilma rebateu críticas de que o governo está paralisado por causa do ajuste fiscal e disse que seu segundo mandato está “na linha de saída” e não na “reta de chegada”. Segundo ela, as medidas anunciadas agora serão “maturadas” nos próximos anos, com efeitos imediatos, mas também de longo prazo. “É assim que o país se move em infraestrutura, investindo de forma contínua e sistemática”, avaliou.
Dilma reconheceu que no seu primeiro mandato, as políticas anticíclicas “chegaram a um limite”. Ela ressaltou que agora o governo tem “coragem para promover o reequilíbrio fiscal” e, ao mesmo tempo, planejar novos investimentos.
“Somos um governo que tem sabido, por maiores que tenham sido e venham sendo as dificuldades, não perder o rumo e a capacidade de construir o futuro. Não é apenas no tempo de bonança que se constrói o futuro, pelo contrário, os alicerces mais sólidos do futuro são aqueles construídos com luta e determinação em tempos de dificuldade”.
A presidenta destacou a parceria entre o governo federal e os estados, além da a iniciativa privada, para levar adiante as concessões. Dilma disse que os principais objetivos do programa são a melhoria dos serviços – com mais eficiência e menores tarifas – e a remuneração adequada dos investidores. Destacou que o Brasil “é um país que cumpre leis” e que o governo cumpre e cumprirá todos os contratos assinados com o setor privado.
“Estamos fazendo concessões de infraestrutura para buscar mais eficiência e produzir resultados maiores e mas rápidos, para criar um ambiente para a circulação de riquezas e conforto dos cidadãos. Estamos fazendo as concessões para crescer”.
Dilma lembrou os resultados da primeira etapa de concessões, que inclui portos, aeroportos e rodovias. Disse que o governo conseguiu destravar os processos para permitir investimentos em infraestrutura, mas reconheceu que ainda há muito o que fazer no setor.
“Os resultados foram bons, mas não significa que conseguimos ultrapassar todas as barreiras e fazer tudo o que deve ser feito. Quanto mais se faz, mais se percebe que há muito o que fazer”, avaliou.