Dilma fará reuniões com base aliada em busca de apoio

Assunto foi discutido na noite deste domingo (9), em reunião no Palaácio da Alvorada
Folhapress
Publicado em 10/08/2015 às 0:05
Assunto foi discutido na noite deste domingo (9), em reunião no Palaácio da Alvorada Foto: Foto: Agência Brasil


Após semana com derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff fará encontros com partidos aliados para consolidar a base de apoio e o ambiente de governabilidade. O atual cenário de crise política foi o tema central de reunião entre Dilma e 13 ministros da Esplanada na noite deste domingo (9), no Palácio da Alvorada. 

"Não estamos negando as dificuldades políticas que estamos enfrentando, mas temos certeza que serão superadas com diálogo. A política é a arte de dialogar, e é isso que o governo da presidente Dilma irá fazer", disse o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) após o encontro. O ministro não citou a reforma ministerial que estaria sendo estudada.

O petista cobrou responsabilidade do Legislativo e reforçou o discurso de que a presidente irá cumprir todo o mandato de quatro anos, para o qual foi eleita. "Não podemos brincar com a democracia", ponderou.

Ele disse ainda que o Congresso deve colocar os interesses da população acima de qualquer outro interesse, seja ele político-partidário ou de outra natureza. 

Na semana passada, sob comando do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Câmara aprovou as contas de parte de mandatos de três ex-presidentes e abriu caminho para análise das contas da presidente Dilma Rousseff. A rejeição da contabilidade de 2014 do governo pode dar início a um processo de impeachment. 

MICHEL TEMER 

Edinho Silva ainda fez questão de elogiar a posição de destaque e o papel fundamental que o vice-presidente Michel Temer vem desempenhando e afirmou que, durante o encontro na noite deste domingo (9), Temer foi enfático com seu compromisso com a presidente Dilma. 

"Em momento algum vamos permitir que intrigas, interpretações ou utilização política por alguns setores minoritários da própria base ou da oposição possam provocar ruídos ou dificultar a construção da governabilidade", emendou. 

Diante do cenário de atritos com a própria base e de derrotas no Congresso, o vice assumiu a fama de bombeiro e passou a ser alvo de especulações sobre eventual substituição de Dilma. 

Ninguém nega que nós estamos passando pro dificuldades, mas essas dificuldades serão superadas para que o Brasil, num curto espaço de tempo, possa voltar a crescer, resumiu.

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