De passagem pelo Recife para a série de homenagens ao ex-governador Eduardo Campos, que completaria 50 anos nesta segunda-feira (10), o senador Aécio Neves (PSDB) e a ex-ministra Marina Silva voltaram a criticar a administração da presidente Dilma (PT). Em entrevista para a Rádio Jornal, Aécio afirmou que o problema do Brasil é a falta de confiança no governo. Já a socialista considera que a presidente eleita é a questão.
Segundo o senador, "está havendo uma percepção clara sobre o processo eleitoral. [...] As pessoas estão percebendo que a crise, além de política e econômica, é uma crise de confiança. [...] Houve uma tentativa perversa de enganar as pessoas”, acusou Aécio, destacando que a população pobre é a que mais sofre com a crise. “O Brasil vai crescer menos do que o esperado e quem paga a conta das mentiras são os brasileiros mais pobres com o desemprego nas alturas, a inflação cada vez maior e o Brasil parando de crescer”, afirmou o senador.
“Devemos aprender com os erros que foram praticados e o principal erro deste País foi ter eleito uma presidente da república que não apresentou um programa de governo. [...] É necessário muito mais que palavras. É necessário reconhecer os erros e ter uma agenda para o país", apontou Marina Silva, que há um ano era candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Eduardo Campos. “Errar faz parte da vida, mas o Partido dos Trabalhadores (PT) é incapaz de assumir seus erros”, completou Aécio.
Em relação à derrota nas eleições de 2014, Aécio comentou que perdeu “porque faltou voto, mas hoje recebi pesquisa de intenções de voto em que ganharia”, destacando a vitória caso a disputa acontecesse contra a presidente Dilma ou o ex-presidente Lula, ambos do PT. Perguntada sobre a possibilidade da saída da presidente Dilma do cargo e de que forma isso deveria acontecer, a socialista disse: "Temos que dar total apoio às investigações. Se tem fatos concretos, cumpra-se a lei".
Marina afirmou ainda que a presidente eleita propôs ideias que, na prática, não solucionariam a crise. Mas, ao ser questionada sobre possíveis soluções, a socialista desconversou e falou apenas que “não é a hora de querer se aproveitar da crise, não é hora de querer instrumentalizar a crise, é a hora de resolver”.
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