O Ministério da Justiça concedeu ao ex-ministro José Dirceu o direito de incluir no cálculo de sua aposentadoria o período em que permaneceu clandestino, durante a ditadura militar.
O despacho, assinado pelo ministro José Eduardo Cardozo, formaliza a decisão da Comissão da Anistia, responsável por bater o martelo sobre quais cidadãos podem incluir a temporada de clandestinidade na contabilidade do benefício previdenciário.
A decisão, publicada no Diário Oficial na semana passada, garante o mesmo direito a outros perseguidos políticos.
Dirceu viveu na clandestinidade por onze anos -de outubro de 1968 a dezembro de 1979. A Comissão da Anistia julgou o caso do ex-ministro em junho último.
Condenado no processo do mensalão, Dirceu foi preso durante a 17ª fase da Operação Lava Jato, na segunda-feira passada (3), suspeito de participação no esquema de corrupção da Petrobras.
Ele está detido, desde então, na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, no Paraná.