Adversário declarado do governo federal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira (27) ser contra a volta da cobrança da CPMF, o chamado "imposto do cheque", acrescentando que o governo terá um desgaste desnecessário caso envie projeto nesse sentido ao Congresso.
"Acho muita pouca a chance de se aprovar no Congresso", disse o presidente da Câmara, lembrando que a contribuição sobre a movimentação financeira da população foi extinta pelo próprio Congresso em 2007 e que nova forma de cobrança não conseguiu ser estabelecida mesmo em tempos de governo forte e economia melhor.
"Acho pouco provável que a gente resolva problema de caixa cobrando mais impostos da sociedade. A solução é a retomada da confiança para a retomada da economia. Não aumentar a carga tributária do contribuinte. Então sou pessoalmente contrário à recriação da CPMF nesse momento e acho pouco provável que tenha apoio na Casa."
Segundo o peemedebista, caso o governo realmente resolva patrocinar a proposta, terá um "desgaste de tal natureza sem colher o resultado".
Com problemas de caixa, a cúpula do Executivo estuda recriar o tributo a partir de 2016, mas não há consenso ainda entre os ministérios da Fazenda, Planejamento e Casa Civil.