O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira (3) não ter conhecimento das novas informações apontadas pela Polícia Federal em ofício enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Na saída de seminário sobre combate à lavagem de dinheiro, promovido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), ele negou que o episódio crie uma divergência entre a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República.
Na terça-feira (1), a Polícia Federal pediu ao STF o prosseguimento de investigação sobre o senador, em posição contrária ao procurador-geral que havia decido pelo arquivamento de inquérito contra o tucano.
No ofício, ela detalha um e-mail, acompanhado de anexos, enviado em janeiro por uma moradora de Minas Gerais ao Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.
O e-mail aponta qual seria a casa de Belo Horizonte em que o policial federal Jayme Oliveira Filho, o Careca, homem ligado ao doleiro Alberto Youssef, teria entregue R$ 1 milhão, em 2010.
Inicialmente, Careca não soube dizer para qual político entregou o dinheiro. Depois, quando a polícia exibiu uma foto de Anastasia, ele disse que a pessoa era "muito parecida" com o senador.
Nesta quinta-feira (3), o senador disse que é uma vítima de armação e chamou a iniciativa da Polícia Federal de "tortura".