Levy é a favor de aumento da Cide mas quer esperar melhor momento, diz deputado

O aumento proposto pela frente geraria um incremento de arrecadação de R$ 15 bilhões, mas teria impacto inflacionário de 0,84 ponto porcentual
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 16/09/2015 às 19:50
O aumento proposto pela frente geraria um incremento de arrecadação de R$ 15 bilhões, mas teria impacto inflacionário de 0,84 ponto porcentual Foto: Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil


O presidente da frente parlamentar do setor sucroenergético, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), e outros representantes do setor disseram que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se mostrou favorável ao aumento da Cide sobre a gasolina. Para dar mais competitividade ao etanol, o setor quer que o governo aumente a Cide sobre a gasolina de R$ 0,10 para R$ 0,60 por litro. "O ministro disse que o governo está estudando isso já há algum tempo e que vê com bons olhos", afirmou, após reunião com Levy.

O aumento proposto pela frente geraria um incremento de arrecadação de R$ 15 bilhões, mas teria impacto inflacionário de 0,84 ponto porcentual. A ideia é que o aumento da contribuição recaia apenas sobre a gasolina, deixando de fora o diesel. Apesar de pressionar a inflação de forma menos imediata, o diesel tem efeito de dispersão maior, com reflexos nos preços dos alimentos e no setor produtivo, devido ao transporte de carga, e no transporte público.

De acordo com o deputado, Levy disse que é preciso esperar um melhor momento político para a medida, já que o Congresso Nacional ainda tem que apreciar os vetos da presidente Dilma Rousseff ao reajuste do Judiciário e à recriação da CPMF. "O custo que a Cide pode trazer eventualmente para o mercado ela vai devolver para a sociedade em criação de emprego e melhoria para a indústria", afirmou Souza.

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