Renan vai consultar líderes para definir nova data para análise dos vetos

Presidente do Senado acrescentou que, antes de tomar qualquer decisão, vai consultar os líderes partidários
Da ABr
Publicado em 23/09/2015 às 22:18
Presidente do Senado acrescentou que, antes de tomar qualquer decisão, vai consultar os líderes partidários Foto: Foto: Wilson Dias / Agência Brasil


O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (23) que pretende retomar a votação dos vetos presidenciais o mais rápido possível. Acrescentou que, antes de tomar qualquer decisão, vai consultar os líderes partidários.

“Vou conversar com os líderes para convocarmos a sessão do Congresso para concluir a apreciação dos vetos. No que depender de mim será o mais rapidamente possível.”

A sessão destinada a apreciar 32 vetos foi adiada na madrugada desta quarta-feira por causa da falta de quórum. Antes, os parlamentares mantiveram 26 vetos, entre eles o que trata do fim do fator previdenciário e o que acaba com a isenção do PIS/Cofins para o óleo diesel.

Sobre este último, o senador informou que qualquer reforma de imposto precisa ser feita com neutralidade.

“A reforma do PIS/Cofins precisa ser feita para melhorar os impostos, mas ela tem de guardar a neutralidade. Ela não pode ser feita pensando em aumentar a arrecadação. Acho que o que mais aumenta a arrecadação é a retomada do crescimento da economia”, afirmou

Calheiros lembrou a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na segunda-feira (21), de que o governo pode antecipar o envio da proposta Da reforma do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o que, segundo as contas do governo, aumentaria a arrecadação em R$ 50 bilhões.

O presidente do Congresso disse que, antes de pensar no aumento de impostos, o governo precisa melhor a eficácia da máquina pública e retomar o crescimento da economia.

“A melhor maneira de aumentar a arrecadação é retomando o crescimento da economia. Precisamos fazer tudo para colaborar com a retomada do crescimento da economia, inclusive reformando os impostos, melhorando os impostos.”

Renan negou participação nas conversas do governo com seu partido, o PMDB, para tratar da reforma administrativa. O partido reivindica o comando de mais dois ministérios: Saúde e Infraestrutura (a ser criado com a fusão entre Portos e Aviação Civil).

“Considero incompatível com o cargo que exerço participar dessa discussão de ministério. Para que eu possa ajudar o Brasil cada vez mais, preciso ter isenção. Para isso, preciso me afastar cada vez mais dessa discussão”, concluiu.

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