O deputado piauiense Marcelo Castro, indicado pelo PMDB para assumir o Ministério da Saúde, prometeu não ceder a pressões da bancada pela distribuição de verbas do setor. "Eu não me curvo a pressões. Serei um ministro 'inimpressionável', disse o peemedebista à Folha de S. Paulo para mostrar independência. O anúncio oficial da reforma ministerial deverá ser realizado nesta sexta-feira (2).
O deputado deve enfrentar fortes imposições da legenda por verbas e cargos da saúde, como os comandos dos hospitais federais do Rio de Janeiro. A palavra empregada por Castro, que não está está no dicionário, lembra o termo utilizado pelo ex-ministro do Trabalho Antônio Rogério Magri, "imexível", no início do governo Collor.
Para comprovar sua declaração, Castro lembrou de sua atuação como relator da reforma política. Ele se recusou a apoiar o distritão, sistema eleitoral defendido pelos líderes do PMDB. Por causa disso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o destituiu do cargo.
O atual titular da Saúde defendeu a presidente contra a possível abertura de um processo de impeachment e afirmou que sua sigla continuará na base do governo. "As chances de Dilma sofrer um impeachment são remotíssimas. Em toda a Lava Jato, não apareceu nada contra ela. A oposição faz isso para tirar proveito político", disse Marcelo Castro à Folha.