Em um aceno à Câmara dos Deputados, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, afirmou que haverá espaço para negociação no Congresso Nacional da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permite o financiamento empresarial de campanha eleitoral, mas apenas depois que os vetos presidenciais forem votados.
Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia condicionado a realização da sessão para análise dos vetos presidenciais à inclusão do tema financiamento na pauta do Senado Federal.
Nesta quarta-feira (7), em uma articulação do peemedebista com a oposição ao governo federal, a sessão voltou a ser adiada por falta de quórum.
"Votando os vetos, acho que abre todo um horizonte para negociação, inclusive disso [financiamento de campanha]", afirmou o ministro. "Vota os vetos e depois o jogo continua", acrescentou.
Se forem derrubadas pelo Congresso Nacional, as medidas podem ter um impacto de R$ 63,2 bilhões para os cofres públicos até 2019.
Na semana passada, o vice-presidente Michel Temer defendeu a aprovação da PEC. Segundo ele, ela resolveria "a questão da insegurança jurídica" e evitaria que o veto da presidente Dilma Rousseff em relação às doações de empresas a campanhas e candidatos fosse derrubado.
No mês passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou que doações empresariais a partidos e candidatos.