Em Aparecida, Alckmin evita ataques a Dilma, mas bispo fala em 'crise moral'

Já o bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, pediu mais seriedade política ao encerrar a principal missa do dia
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 12/10/2015 às 18:30
Já o bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, pediu mais seriedade política ao encerrar a principal missa do dia Foto: Foto: Edson Lopes Jr


Único político a participar todos os anos das festividades em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou ataques à presidente Dilma Roussef (PT). Durante toda a missa na cidade de Aparecida ele permaneceu com expressão de apreensão e na coletiva de imprensa se esquivou nas respostas dadas aos jornalistas. 

Já o bispo auxiliar de Aparecida, Dom Darci José Nicioli, pediu mais seriedade política ao encerrar a principal missa do dia. "Fala-se que o Brasil está em crise e está mesmo. Crise política, crise econômica financeira. Certamente na base desta crise está uma grande crise moral, uma crise de valores", criticou Dom Darci. 

Para ele, o País "seria um paraíso" se seguisse o modelo de gestão do Santuário Nacional de Aparecida. Segundo o bispo, "as doações recebidas no Santuário são revertidas inteiramente para acolher bem". A riqueza do Brasil precisa ser melhor distribuída, ponderou o líder religioso. "Não falta dinheiro, falta seriedade no uso do dinheiro", afirmou.

Alckmin manteve uma linha suave nas críticas ao governo petista. "O que preocupa mais é que o ano passado o Brasil praticamente já não cresceu, esse ano é uma queda de quase 3% do PIB, se o ano que vem ele também não crescer e você ter três anos seguidos de recessão é muito preocupante", disse o tucano ao comentar a crise no País. 

Em sua opinião, "o governo precisa agir rápido, no sentido de melhorar o crédito e reduzir a taxa de juros". Questionado sobre a eventualidade da abertura de um processo de impeachment da presidente, Alckmin foi prudente: "vamos aguardar", disse.

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