O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (14) que não "há nem guerra, nem trégua" com nenhum dos lados da disputa política e se disse aberto ao diálogo tanto com governo quanto com oposição.
"Não tenho trégua porque não tem guerra. Não há nem guerra, nem trégua. O que há é que eu tenho que cumprir a minha função obrigatória de dar curso ao que é a minha obrigação funcional no momento. Se isso é o fato de você ter que tomar decisões e essas decisões podem significar guerra para uns e trégua para outros, é uma questão de interpretação"
Apesar de, nos bastidores já ter demonstrado contrariedade com o posicionamento da oposição, que sábado divulgou uma nota pedindo que ele renuncie a presidência da Câmara, Cunha disse não ter "nem contrariedade, nem felicidade" com o fato.
"Para mim, é tudo normal. Não tenho manifestações de sentimentos, reações a coisas políticas ou o que quer que seja. Cada um tem direito a sua livre manifestação, tem a liberdade de se manifestar do jeito que queira."
Cunha reiterou que recorrerá das decisões liminares dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, que sustaram o rito do processo de impeachment definido pelo presidente da Câmara.
Sobre as pressões que tem sofrido tanto do governo quanto da oposição para despachar o pedido de impeachment, o peemedebista ressaltou mais uma vez que não se sente pressionado. "Faz parte do jogo."
Ainda no campo das preocupações, ele se disse mais uma vez "absolutamente tranquilo" sobre o pedido do PSOL e da Rede Sustentabilidade de cassação do seu mandato.