Araújo confirma sessão no Conselho esta semana para mostrar parecer contra Cunha

O deputado, que vem estudando o regimento para "não cometer gafes", disse que na fase de admissibilidade não cabe apresentação de defesa
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 17/11/2015 às 16:40
O deputado, que vem estudando o regimento para "não cometer gafes", disse que na fase de admissibilidade não cabe apresentação de defesa Foto: Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil


O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), confirmou para esta semana a sessão de apresentação do parecer prévio recomendando a admissibilidade do processo por quebra de decoro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Araújo depende apenas do agendamento de plenário na Casa para fazer a reunião do colegiado entre amanhã (18) e quinta-feira (19).

O deputado, que vem estudando o regimento para "não cometer gafes", disse que na fase de admissibilidade não cabe apresentação de defesa. Araújo lembrou que o relator Fausto Pinato (PRB-SP) tinha até 10 dias para apresentar um parecer prévio e teceu elogios ao trabalho do parlamentar de primeiro mandato. "Não tenho reparos ao relator. Ele tem sido corretíssimo. O que ele quer é o que todos queremos: agilizar o processo", declarou.

A defesa de Cunha reclamou nesta segunda-feira (16) de suposto "açodamento" no processo e disse que a antecipação do parecer "fere o direito de defesa do parlamentar". Nesta terça-feira, 17, Araújo disse que a alegação é infundada e que, se está havendo precipitação, não é da parte do relator. 

"A opinião é de cada um. Eu bato palmas para o relator. Fez o que devia fazer. Não estamos preocupados com o que pensa o representado (Cunha). Temos que seguir o regimento da Casa. Temos que seguir o que é correto e a lei", disse Araújo.

 

Vaias

Na saída do congresso do PMDB, que ocorre hoje, em Brasília, Eduardo Cunha evitou falar com a imprensa. Mas ao tentar acessar a sala VIP, o presidente da Câmara viu-se obrigado a responder a algumas perguntas. Ele minimizou as vaias durante o seu discurso: "Não houve vaias", disse.

Após diversas tentativas dos seguranças para abrir espaço e buscar um caminho alternativo, Cunha finalmente conseguiu entrar na sala em que estava o vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer.

Entre as diversas perguntas feitas pelos jornalistas, Cunha respondeu apenas sobre a questão dos vetos presidenciais, que devem ser apreciados em sessão conjunta do Congresso nesta noite "Por mim, não há problemas", afirmou.

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