Temer diz que é preciso coragem e que 'por enquanto não' sobre Presidência

Temer falou no encerramento do congresso organizado pelo centro de estudos de sua sigla, em Brasília
Da Folhapress
Publicado em 17/11/2015 às 16:20
Temer falou no encerramento do congresso organizado pelo centro de estudos de sua sigla, em Brasília Foto: Foto José Cruz Agência Brasil


O vice-presidente, Michel Temer, defendeu nesta terça-feira (17) que seu partido tenha "coragem de não fugir da verdadeira luta" e também não se encolha "diante da demagogia fácil".

Temer falou no encerramento do congresso organizado pelo centro de estudos de sua sigla, em Brasília, e fez um discurso abordando abertamente a gravidade da crise que vive o país. Antes dele, aliados defenderam a ruptura do PMDB com o governo Dilma Rousseff.

Durante sua exposição, o vice foi interrompido por militantes pró-impeachment.

Com réplicas da boneca inflável que satiriza a presidente nas mãos, os militantes gritaram "Temer presidente" e "impeachment".

Sem graça, o vice respondeu: "Por enquanto não... em 2018... o PMDB terá candidato. Eu estou encerrando minha carreira."

Depois do protesto, Temer retomou o discurso. Ele disse que a crise econômica é a mais grave das crises que o país vive hoje e defendeu o plano de governo lançado pelo PMDB, a "Ponte para o futuro".

"Estamos procurando soluções para o país. Não é de hoje que tenho falado em reunificar o pensamento nacional", afirmou. Ele citou a estabilização da economia e a ascensão da nova classe C como "conquistas hoje ameaçadas".

 

"COSMÉTICAS"

Temer disse ainda que para sair da crise, será preciso fazer "mudanças estruturais, não cosméticas". Para o vice, ou se aprova a idade mínima para aposentadoria ou a Previdência padecerá, por exemplo. "Ou mudamos, ou quebrará. E quebrada não pagará ninguém", disse.

Temer disse que não haverá "retrocesso" e encerrou pedindo que a militância saia "incendiada com o fogo que é símbolo do PMDB".

Formulador do evento e amigo pessoal de Temer, o ex-ministro Moreira Franco disse, pouco antes de o vice discursar, que "a maioria dos brasileiros decidiu retomar seus destinos". "E como seu representante, não podemos falhar nessa hora", concluiu.

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