Defesa tenta prisão domiciliar e revogar preventiva do ex-advogado de Cerveró

O advogado Carlos Luchione, que acompanhou o depoimento de quase 3 horas de Edson Ribeiro na sede da Polícia Federal, no Rio, disse que, caso os pedidos não sejam acatados pelo STF
Da ABr
Publicado em 27/11/2015 às 18:00
O advogado Carlos Luchione, que acompanhou o depoimento de quase 3 horas de Edson Ribeiro na sede da Polícia Federal, no Rio, disse que, caso os pedidos não sejam acatados pelo STF Foto: Foto: Jefferson Rudy Agência Senado


A defesa do advogado Edson Ribeiro pediu hoje (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, a concessão de prisão domiciliar e a revogação da prisão preventiva para o ex-defensor do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, depois que Ribeiro foi preso nesta manhã, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, procedente de Miami, Flórida (EUA).

O advogado Carlos Luchione, que acompanhou o depoimento de quase 3 horas de Edson Ribeiro na sede da Polícia Federal, no Rio, disse que, caso os pedidos não sejam acatados pelo STF, ele pretende que seu cliente seja transferido ainda hoje para uma unidade prisional com cela especial [destinada a presos com curso superior].

Luchione não deu pôde revelar o conteúdo do depoimento de Edson Ribeiro, por ser sigiloso, porém, disse que "a estratégia de defesa usada para [o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras] Nestor Cerveró foi mal interpretada pela acusação, mas os detalhes ele colocou no depoimento,   hoje".

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)  referendou, por unanimidade, na última quarta-feira (25), em sessão extraordinária, as prisões preventivas do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e do advogado Edson Ribeiro, além das prisões temporárias (por cinco dias) do banqueiro André Esteves, diretor-executivo e maior acionista do Banco BTG Pactual, e do chefe do gabinete do senador, Diogo Ferreira.

As prisões foram determinadas pelo ministro do STF Teori Zavascki. Segundo o relator, não haveria outros meios de preservar as investigações, que não sejam as prisões, uma vez que, conforme relatou o Ministério Público Federal, os envolvidos estariam pressionando Nestor Cerveró a desistir de firmar acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

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