Advogado de Cunha diz temer que operação da PF interfira em trabalhos do Conselho

Nobre é advogado de Cunha apenas na ação disciplinar na Casa e não seu defensor no Supremo Tribunal Federal (STF)
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 15/12/2015 às 9:09
Nobre é advogado de Cunha apenas na ação disciplinar na Casa e não seu defensor no Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados


Começou na manhã desta terça-feira (15) a sessão do Conselho de Ética para apresentação do novo relatório que pede a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O advogado do peemedebista, Marcelo Nobre, disse temer que os mandados de busca e apreensão desta manhã comprometam a conjuntura política de hoje no colegiado. "Me preocupa, mas vou continuar fazendo minha defesa técnica", afirmou.

Nobre é advogado de Cunha apenas na ação disciplinar na Casa e não seu defensor no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele não pretende mudar a estratégia de defesa do presidente da Casa. "Não vejo mudança. Uma coisa é a ação no Supremo. A discussão no Conselho é outra. Aqui é quebra de decoro parlamentar. Lá é ação judicial", disse.

Vergonha

O novo relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO) fará a leitura do parecer prévio. O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), iniciou a sessão dizendo que a última reunião foi vergonhosa para os parlamentares. "Se pudéssemos apagar (a última sessão) seria a melhor coisa que poderíamos fazer. Foi um fato deplorável, que nada engrandece o Conselho", afirmou Araújo, numa referência à troca de tapas entre os deputados Wellington Roberto (PR-PB) e Zé Geraldo (PT-PA). 

Ele fez um apelo para que a sessão não tenha incidentes e "transcorra na paz". "Espero que a briga da última sessão não se repita", emendou Araujo.

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