Paródias ironizam Dilma e Lula na manifestação em frente ao Congresso

Frase da 'saudação à mandioca', feita por Dilma na abertura dos jogos indígenas no ano passado, é entoada, em ritmo de funk
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 13/03/2016 às 11:49
Frase da 'saudação à mandioca', feita por Dilma na abertura dos jogos indígenas no ano passado, é entoada, em ritmo de funk Foto: Foto: Wilson Dias /Agência Brasil


Ao lado de um boneco gigante do Pixuleco, inflado diante do Congresso Nacional, um trio elétrico com a faixa "Impeachment já" executa músicas que ridicularizam a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A frase da "saudação à mandioca", feita por Dilma na abertura dos jogos indígenas no ano passado, é entoada, em ritmo de funk, repetidamente. Também o funk "Baile de favela" é executado com o refrão "O Lula é baile de propina". Há também uma paródia do "Funk do Muriçoca" com a frase "Quem pica é a mosquita", em referência a uma declaração da presidente Dilma em "aula" para crianças sobre a transmissão do vírus da zika. 

O movimento na Esplanada dos Ministérios aumenta a cada instante. O empresário Guilherme Desordi, de 27 anos, compareceu fantasiado de super-herói. "Hoje eu sou super Sérgio Moro. Ele é o maior herói do País atualmente", disse o jovem, falando sobre o juiz federal que conduz o processo da Operação Lava Jato. Com uma capa e carregando um boneco inflável, ele levou para a manifestação o sobrinho, de apenas um ano, que brincava também com um mini Pixuleco.

Um caminhão de som do movimento "Limpa Brasil" fez uma parada em frente à Catedral Metropolitana de Brasília e iniciou uma oração para agradecer ao fato de não ter chovido no dia marcado para a manifestação. "Estamos aqui reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", bradou um dos líderes do movimento, seguido pela multidão em volta do trio elétrico. 

Também presente na manifestação, líderes do Movimento Vem Pra Rua gritam palavras de ordem. "A rua é muito maior do que as urnas" e "impeachment nos olhos dos outros é golpe" são algumas das frases entoadas.

VENDAS - Movimentos sociais pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff montaram, sob tendas, duas lojinhas diante do Congresso Nacional. As "butiques do impeachment" vendem camisetas com fotos de personagens como o juiz federal Sérgio Moro e até do deputado federal de direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ). As camisas são vendidas a R$ 30 (uma) ou R$ 50 (duas). Em duas horas, entre 20 e 30 camisetas foram vendidas numa das lojas. 

Mas as maiores atrações entre os "souvenirs" são os bonecos infláveis "Pixuleco", em alusão ao ex-presidente Lula, e "Bandilma", com a presidente Dilma com a camisa listrada de presidiário. Na segunda "loja" em frente ao Congresso, máscaras do juiz Sérgio Moro são distribuídas gratuitamente, assim como imitações de cédulas de R$ 50 e R$ 100 com as fotos de Dilma e Lula. Um dos vendedores diz que a procura por artigos contra o governo "explodiu" depois que Lula foi depor na Polícia Federal, em Congonhas.

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