Durante entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (18), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, comentou sua posição em relação ao cenário político do País e defendeu a posse de Lula como ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff.
Para o ministro, o mais importante no momento é a resolução da crise. Segundo Armando, o Congresso Nacional deve entender que não há nenhum crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma. “Eu fico impressionado com as imputações que são feitas quando a presidenta não é sequer investigada”, comenta.
“Não somos uma republiqueta, o processo de impeachment tem que seguir a constituição, mas se o processo tiver caráter apenas político poderá afrontar a ordem legal”, disse Armando.
Sobre o ex-presidente Lula, Armando disse que uma pessoa não pode ser condenada antes de ser julgada. “Existem juízos que estão sendo feitos de forma definitiva, quando a condição dele é de investigado, e não de réu. A presunção da inocência é um princípio do estado de direito, portanto as pessoas não podem ser condenadas antes de julgadas. Ao mesmo tempo, há um grau de tolerância grande com pessoas que presidem poderes, como Eduardo Cunha, que nesse momento é réu e já está sendo alcançado por uma ação penal”, avaliou.
Questionado sobre o momento político da nomeação de Lula ao Ministério da Casa Civil, a opinião de Armando Monteiro é de que Dilma não agiu pensando nas denúncias feitas contra o ex-presidente. “No momento em que há um agravamento da crise política, o fato da presidente querer convidar o ex-presidente Lula não se constitui em nada que possa, a princípio, parecer injustificável. O fato é que a presidente entendeu que com o agravamento da crise ela reforçaria sua posição trazendo um quadro experiente”, frisa.
“O fato é que a presidente entendeu que, com o agravamento da crise, ela reforçaria sua posição trazendo um quadro que é reconhecidamente experiente e tem uma grande capacidade de articulação política”.
Para o ministro, os brasileiros devem se unir com o objetivo comum de encerrar a crise, com equilíbrio e serenidade “Não é desejado que a sociedade brasileira assista a um processo de polarização e radicalização”.