O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reclamou que, em função do "momento turbulento que estamos vivendo", informações sobre educação estão custando a chegar aos estudantes - foi por isso, também, que resolveu conceder com antecedência a coletiva de imprensa para dar detalhes do edital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesta quinta-feira (14) "A educação não pode se subordinar a uma crise política. Países como a Alemanha, mesmo destruídos na guerra, não pararam sua educação, conseguiram se reconstruir e são a potência que são", disse. Neste ano, a prova será aplicada em 5 e 6 de novembro.
Ele afirmou que "não há chance" de o cronograma do Enem ser alterado, aconteça o que acontecer no domingo(17) quando o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a quem é ligado, será votado na Câmara dos Deputados.
"O Enem vai acontecer. Os meninos (que concluem o ensino médio) não podem ser influenciados pelo que estamos vivendo hoje. Esqueçam quem é o ministro, estou pedindo para que os estudantes que têm oportunidade este ano não sejam prejudicados. É a chance de o filho da empregada doméstica virar médico", afirmou.
Ele deu a entender, também, que o programa Hora do Enem - plataforma online de estudos e simulados lançada semana passada em cerimônia no Palácio do Planalto - não está tendo a adesão esperada.
"Mesmo com orçamento apertado, colocamos propagandas pagas. Estamos fazendo o que é possível, mas temos muita dificuldade que os alunos conheçam essa oportunidade, de ter um professor particular e um cursinho dentro de casa, de graça. O ano deles é este, e eles não podem perder o momento."
As inscrições para o primeiro simulado, que ocorre em 30 de abril, vai até esta sexta-feira (15).
Para o Enem "para valer", as inscrições abrem em 9 de maio e vão até o dia 20, sob taxa de R$ 68.