Atualizada às 12h21
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (9), a nova fase da Operação Zelotes, que investiga compras de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e suposto esquema de edição de medidas provisórias. As ações estão sendo desenvolvidas em Pernambuco, São Paulo e no Distrito Federal.
Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão e condução coercitiva devem ser cumpridos nesta segunda-feira (9). Não há mandados de prisão. Em Pernambuco, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva, um em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, um na Jaqueira, na Zona Norte, dois em Paulista, e um em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Três contadores, um advogado e um auditor da Receita Federal vão prestar esclarecimentos na sede da PF.
No Recife, um mandado de condução coercitiva não foi cumprido. Uma contadora deveria ser levada para prestar depoimento na sede da Polícia Federal, mas ela está em viagem a São Paulo. A PF providenciará para que ela preste depoimento em São Paulo. O nome dos envolvidos não foi divulgado.
Um dos levados a prestar depoimento é o auditor da receita federal Valmar Fonseca de Menezes, que presidiu a 3ª Câmara da 1ª Secção do Carf. Em fevereiro, ele já prestou depoimento na PF, também através de uma condução coercitiva. "Essa questão da necessidade de uma nova audição é a coordenação que analisou e verificou que havia essa necessidade. Deve ter tido algum documento que poderia causar um certo transtorno caso ele não fosse conduzido coercitivamente", afirmou u superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz.
Além das conduções coercitivas, foram cumpridos em Pernambuco três mandados de busca e apreensão, sendo um em um escritório de advocacia na Ilha do Leite, em um escritório de contabilidade em Campo Grande, ambos no Recife, e na casa de um dos suspeitos, em Olinda. Os documentos recilhidos serão encaminhados a Brasília para análise.
O alvo desta fase é a Cimento Penha, firma do empresário Victor Garcia Sandri, amigo do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ex-ministro foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado para depor e liberado.