O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quarta-feira (11) que as condições de saúde e de segurança em que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, está preso atendem ao exigido pela legislação. As condições foram verificadas durante uma inspeção feita nesta terça-feira (10) pelo MPF.
Representantes do MPF estiveram no Centro de Detenção Provisória (CDP) na Papuda, onde Pizzolato está preso em Brasília. Essa foi a terceira inspeção feita pelo MPF desde que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil chegou ao Brasil. Segundo nota divulgada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), outras visitas foram feitas em novembro do ano passado e em janeiro deste ano. Segundo informações da PGR a medida faz parte do compromisso de acompanhar o cumprimento da pena de Pizzolato assumido pelo Brasil com a Itália.
De acordo com a nota divulgada pela PGR, os representantes do MPF conversaram com Pizzolato e também visitaram as instalações do presídio, as celas e o pátio onde é feito o banho de sol. Um relatório sobre a inspeção será enviado para as autoridades brasileiras e italianas.
Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi extraditado em outubro do ano passado. Em agosto de 2012, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro no julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. No ano seguinte, para evitar ser preso, ele fugiu para a Itália com o passaporte falso de um irmão morto.
No dia 5 de fevereiro de 2014, ele foi preso na cidade italiana de Maranello por porte de documento falso. Pizzolato chegou a ser solto em outubro do mesmo ano pela Justiça da Itália, mas, em fevereiro do ano passado, após recurso apresentado pelo Brasil, a extradição foi autorizada e ele voltou à prisão. No dia 24 de abril, a Justiça italiana confirmou a decisão de extraditá-lo.
No dia 6 de outubro do ano passado, a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou o último de recurso de Pizzolato contra a extradição. No recurso, a defesa do brasileiro voltou a alegar que os direitos humanos não são respeitados nos presídios brasileiros. O argumento foi usado pela defesa para pedir que o ex-diretor do Banco do Brasil continuasse na Itália.