A presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-ministro da Justiça e da Advocacia-Geral da União José Eduardo Cardozo realizam na tarde desta quarta(25), um face-to-face com internautas para explicar a estratégia a ser adotada pela defesa da petista no processo do impeachment que tramita no Senado.
Mais cedo, a comissão especial do impeachment na Casa discutiu sobre o ritmo dos trabalhos e o relator Antonio Anastasia (PSDB) sugeriu que o processo fosse adiantado e o afastamento definitivo da petista seja votado no dia 1º de agosto.
A comissão votará na semana que vem o calendário de trabalhos.
Na prática, o processo no Senado corre como uma ação judicial, em que são ouvidas testemunhas de defesa e acusação e podem ser produzidas provas. A expectativa é de que a defesa da petista ganhe fôlego com as novas gravações das conversas do ex-presidente da Transpetro e agora delator da Lava Jato Sérgio Machado com o ex-ministro do Planejamento do governo Temer, Romero Jucá (PMDB), nas quais eles discutem sobre a operação e sobre "estancar" as investigações com a chegada de Temer ao poder.
Os diálogos ocorreram em março, antes da votação do impeachment no Congresso, e causaram grande repercussão, sobretudo entre os petistas que defendem a tese de que o impeachment foi um golpe. O PT quer, inclusive, utilizá-los na defesa de Dilma no Senado.