Em nova operação da Polícia Federal, o ex-ministro de Comunicações do governo Dilma Rousseff e ex-ministro do Planejamento do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o petista Paulo Bernardo, foi preso na manhã desta quinta em Brasília. No momento da prisão, ele estava no apartamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), com quem é casado.
A ação decorre de fatiamento que ocorreu na investigação que estava no Supremo Tribunal Federal. O ex-ministro, a senadora e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues, de Curitiba, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República em maio deste ano. Paulo Bernardo e Gleisi foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O inquérito policial concluiu que os dois receberam R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. O valor teria sido utilizado para custear as despesas da eleição dela ao Senado em 2010.
A Procuradoria sustenta que o então ministro solicitou a quantia em favor da mulher diretamente ao engenheiro Paulo Roberto Costa, na época diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos articuladores do esquema de corrupção na estatal indicado pelo PP. Preso em 2014, Costa fez delação premiada.
O doleiro Alberto Youssef, que também fez delação, operacionalizou o pagamento. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o doleiro administrava o caixa de propinas do PP de onde saíram os valores em questão.
A PF também realiza operação na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.