Relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética não votará na CCJ

O deputado Marcos Rogério disse que sua participação poderia ser classificada como suspeição
Estadão Conteúdo
Publicado em 11/07/2016 às 19:43
O deputado Marcos Rogério disse que sua participação poderia ser classificada como suspeição Foto: Foto: Agência Brasil


O relator do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), decidiu não votar na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta terça-feira (12), que vai analisar o recurso do peemedebista. Rogério disse que tecnicamente não está impedido de participar da votação porque é membro titular da comissão pela bancada do DEM, mas que sua participação poderia ser classificada como suspeição.

"Não devo participar porque o que está em discussão é o meu parecer", justificou. Embora tenha decidido acompanhar a sessão da CCJ, em seu lugar poderão votar os suplentes Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Pauderney Avelino (AM), este último líder da bancada

Rogério está articulando com parlamentares que defendem a cassação de Cunha a coleta de assinaturas para que a sessão da CCJ seja antecipada para o período da manhã. O presidente da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), marcou a reunião para 14h30 desta terça-feira. O grupo já tem 19 dos 22 votos necessários para pedir que a reunião aconteça mais cedo.

Para o deputado do DEM, é possível votar o recurso de Cunha nesta terça (12) e derrubar o parecer do relator Ronaldo Fonseca (PROS-DF) com mais de 40 votos. O objetivo é garantir com que o recurso seja votado antes do recesso e deixar o processo de cassação pronto para ser votado no plenário em agosto.

Cunha é esperado na sessão da CCJ para fazer pessoalmente sua defesa. "Acho que vai ser um constrangimento", comentou Rogério.

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