Governo sinaliza que quer continuidade de Conselhão após o impeachment

O Conselhão foi criado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um órgão de assessoramento do presidente da República para a elaboração de políticas públicas
Estadão Conteúdo
Publicado em 28/07/2016 às 20:09
O Conselhão foi criado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um órgão de assessoramento do presidente da República para a elaboração de políticas públicas Foto: Foto: Marcos Corrêa/PR


O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, reuniu-se nesta quinta-feira (28), com o comitê gestor do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado Conselhão, e sinalizou que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, quer dar continuidade ao órgão de aconselhamento após o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ser concluído no Senado.

Após o encontro, a secretária do Conselhão, Patrícia Souto Audi, informou que o grupo deve voltar a se reunir em setembro. "Fizemos contato com os conselheiros e muitos não se sentiram confortáveis em contribuir neste momento, e nos pediram que aguardássemos o processo de impeachment", disse. 

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lucio, que também faz parte do comitê gestor, informou que caberá ao presidente Temer, caso ele seja efetivado no cargo, confirmar e renovar os convites para os membros do Conselho. "Nós saudamos como importante a iniciativa de preservar o Conselho como instituição que vai ganhando perenidades", disse. "Poderão ser os mesmos ou outros (conselheiros). Não importa, o que importa é que há decisão de manter iniciativa", completou, dizendo que só se manifestaria sobre sua permanência após um convite oficial de Temer. "Devemos ter a delicadeza de deixar ao presidente fazer o convite que ele julgue adequado", disse. 

O Conselhão foi criado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um órgão de assessoramento do presidente da República para a elaboração de políticas públicas.

O ex-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) Luiz Moan, também participou do encontro e afirmou que aceitará continuar no conselho caso seja convidado por Temer.

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