Citado nas investigações da Operação Lava Jato, o senador Gladson Cameli (PP-AC), primeiro senador a discursar nesta tarde na sessão de julgamento do processo do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, reafirmou que votará a favor do impeachment. Em discurso para um plenário esvaziado, o parlamentar também refutou a tese de aliados da petista de que o impeachment é "golpe".
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"Não vejo como golpe lutar pelo cumprimento das leis e da constituição. (...) Golpe é gritar para a comunidade internacional que um golpe estaria em curso. É forçar de vítima para mídia. É mentir para ganhar as eleições", afirmou o parlamentar. "Desde o início fui favorável ao impeachment da presidente da República", disse.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, fez um esclarecimento e ressaltou que não há "nenhuma proibição para que as partes se mantenham presentes nesse julgamento". Segundo o ministro, a legislação que exigia a retirada das partes de acusação e defesa foi suprimida após legislação posterior.
"Mas o debate agora se dá apenas entre senadores; defesa e acusação não podem intervir", lembrou, para evitar que, posteriormente, o processo seja questionado.