Se alguém for contar o Dia D do impeachment da agora presidente cassada Dilma Rousseff tendo o embate nas redes sociais como ponto de partida de certo que irá se valer dos bombásticos e internacionais tuítes do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. "Eu não acompanhei nada desse patético espetáculo que foi o 'impeachment tabajara' de Dilma Rousseff. Não quis perder tempo."
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Barbosa, algoz de petistas no julgamento do mensalão, chamou o primeiro pronunciamento de Temer como presidente de patético: "Mais patética ainda foi a primeira entrevista do novo presidente do Brasil, Michel Temer. Explico. O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se". Barbosa ainda tuitou em inglês e francês.
O que acontece com o Brasil daqui para a frente, após o impeachment tabajara?
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 1 de setembro de 2016
Eu não acompanhei nada desse patético espetáculo que foi o "impeachment tabajara" de Dilma Roussef. Não quis perder tempo.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 31 de agosto de 2016
Mais patética ainda foi a primeira entrevista do novo presidente do Brasil, Michel Temer. Explico.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 31 de agosto de 2016
O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 31 de agosto de 2016
Apoiadores mais exaltados de Temer e favoráveis ao processo de impeachment chegaram a chamar Barbosa de traidor. Nas piores versões do embate virtual, alguns partiram para agressões pessoais e até racistas. O ex-presidente do STF também foi chamado, ironicamente, de "o mais novo petralha".
Ironia não faltou na rede
O "tchau, querida" continuou forte na timeline de quem apoiou o impeachment. Já aqueles que foram contrários ao processo, voltaram a fazer piada com os poemas de Temer (principalmente depois de Dilma ter citado o poeta russo Vladimir Maiakovski em seu pronunciamento).
Imagens com Títulos de Eleitor rasgados também se espalharam na rede. O discurso sobre os "54 milhões de votos jogados fora" ganhou ainda mais força - e a narrativa do 'golpe' mostrou que ainda tem fôlego para continuar nos trending topics por muito tempo.
Teve quem tentasse contemporizar. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, escreveu: "Agora é hora de virar a página, deixar as diferenças para trás e, de braços dados, reconstruir o país". A manifestação de Skaf foi rechaçada por muitos tuiteiros - que escreveram coisas como "ele não quer pagar o pato que ele mesmo criou"