O presidente Michel Temer fez nesta terça-feira (20), em Nova York, críticas diretas ao protecionismo de diversos países no setor agrícola.
De acordo com Temer, esse tipo de prática, em alguns casos disfarçada de “medidas sanitárias e fitossanitárias”, tem prejudicado a geração de empregos e o desenvolvimento de países que, como o Brasil, representam “fator de segurança alimentar” para o mundo.
No discurso com que abriu a 71ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Temer disse que o desenvolvimento dos países depende do comércio e que, em cenários de crise econômica, o "reflexo protecionista” é mais percebido e, portanto, deve ser contido.
De acordo com o presidente, a “luta contra esse mal” passa por um sistema multilateral mais bem-sucedido, em especial contra o protecionismo praticado no setor agrícola de diversos países, sob o disfarce de medidas sanitárias e fitossanitárias. “O protecionismo é uma perversa barreira ao desenvolvimento. Subtrai postos de trabalho e faz de homens, mulheres e famílias de todo o mundo – Brasil inclusive – vítimas do desemprego e da desesperança.”
“De particular importância para o desenvolvimento é o fim do protecionismo agrícola. Já não podemos adiar o resgate do passivo da OMC [Organização Mundial do Comércio] em agricultura. É urgente impedir que medidas sanitárias e fitossanitárias continuem a ser utilizadas para fins protecionistas. É urgente disciplinar subsídios e outras políticas distorcivas de apoio doméstico no setor agrícola”, acrescentou Temer.
Segundo o presidente, o Brasil representa, interna e externamente, um “fator de segurança alimentar”, uma vez que desenvolve uma agricultura “moderna, diversificada e competitiva”.