Após a recusa da Mesa Diretora do Senado em acatar a liminar expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, disse que "os poderes atuam de forma harmônica".
A decisão da mesa diretora em não acatar a liminar do ministro do Supremo e a recusa de Renan Calheiros (PMDB-AL) em assinar a notificação foi apresentada por ele como uma tentaiva de defesa pela "independência entre os Poderes".
Segundo Renan, como presidente do Senado ele já cumpriu decisões "mais difíceis". Porém, ele e os membros da Mesa avaliam que o chefe de um dos Poderes não poderia ser afastado por decisão de um ministro do STF. "Uma decisão monocrática, a democracia não merece esse fim", disse. O ministro do Supremo foi alvo de diversas críticas por parte de Renan.
Como prova da 'harmonia' entre os Poderes, Cármen lembrou a reunião realizada há cerca de um mês entre os chefes dos três Poderes da União para tratar da segurança pública. “Não vejo motivos para qualquer tipo de retaliação. Não acredito que detentores de cargo público pensem assim”, afirmou.
A ministra esteve nesta tarde em um encontro com jornalistas, mas naõ informou sobre a votação do afastamento de Renan no plenário do tribunal. Acredita-se queo julgamento tenha prosseguimento no STF já nesta quarta-feira (7).