Deputados petistas protocolaram nessa terça-feira (14), denúncias de plágio contra o ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, na Procuradoria-Geral da República e no conselho de Ética da USP, onde ele é professor associado. Na semana passada, o jornal "Folha de S.Paulo" revelou que um livro de direito de autoria de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal, contém trechos idênticos aos de uma obra do jurista espanhol Francisco Lorente (1930-2016). Moraes negou ter cometido plágio.
"Ele não desenvolveu a obra científica e copia sem citar. Isso desmente o notável saber jurídico e, além disso, plagiador não tem reputação ilibada", disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos autores, citando dois pré-requisitos para a vaga no STF.
Em outra reportagem, o site "Jornalistas Livres" aponta que o livro "Legislação Penal Especial", no qual Moraes é coautor ao lado do hoje procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, contém trechos idênticos à obra "Tóxicos, Prevenção - Repressão", escrito pelo professor de Direito Vicente Greco Filho.
Em nota, Moraes disse que o capítulo questionado é de autoria de Smanio. Também em nota, o procurador afirma que os trechos tratavam de conceitos sobre os tipos penais, de domínio comum e foram apresentados de maneira direta "para melhor compreensão dos alunos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.