Petistas pedem apuração sobre suspeita de plágio em livro de Moraes

Jornal revelou que um livro de direito de autoria de Moraes contém trechos idênticos aos de uma obra de um jurista espanhol. Ele negou ter cometido plágio
Estadão Conteúdo
Publicado em 15/02/2017 às 10:15
Jornal revelou que um livro de direito de autoria de Moraes contém trechos idênticos aos de uma obra de um jurista espanhol. Ele negou ter cometido plágio Foto: Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil


Deputados petistas protocolaram nessa terça-feira (14), denúncias de plágio contra o ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, na Procuradoria-Geral da República e no conselho de Ética da USP, onde ele é professor associado. Na semana passada, o jornal "Folha de S.Paulo" revelou que um livro de direito de autoria de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal, contém trechos idênticos aos de uma obra do jurista espanhol Francisco Lorente (1930-2016). Moraes negou ter cometido plágio.

"Ele não desenvolveu a obra científica e copia sem citar. Isso desmente o notável saber jurídico e, além disso, plagiador não tem reputação ilibada", disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos autores, citando dois pré-requisitos para a vaga no STF.

Em outra reportagem, o site "Jornalistas Livres" aponta que o livro "Legislação Penal Especial", no qual Moraes é coautor ao lado do hoje procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Poggio Smanio, contém trechos idênticos à obra "Tóxicos, Prevenção - Repressão", escrito pelo professor de Direito Vicente Greco Filho.

Moraes negou ter cometido plágio

Em nota, Moraes disse que o capítulo questionado é de autoria de Smanio. Também em nota, o procurador afirma que os trechos tratavam de conceitos sobre os tipos penais, de domínio comum e foram apresentados de maneira direta "para melhor compreensão dos alunos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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