Maia diz que transição para aposentadoria pode ser mais escalonada

Maia afirmou também que são necessárias ''poucas mudanças'' na reforma da Previdência enviada pelo governo federal ao Congresso
Estadão Conteúdo
Publicado em 23/02/2017 às 19:43
Maia afirmou também que são necessárias ''poucas mudanças'' na reforma da Previdência enviada pelo governo federal ao Congresso Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (23) que "poucas mudanças" são necessárias na reforma da Previdência enviada pelo governo federal ao Congresso. Fazendo uma forte defesa da reforma, ele disse que uma das mudanças que precisa ser discutida é nas regras de transição.

 

"Eu acho que tem uma mudança que pode ser discutida, que é a transição. Hoje você tem uma certa idade e cai para um lado e para outro. Pode ser um pouco mais escalonada", disse, quando se referiu ao conteúdo da emenda constitucional formulada pelo governo. "Outros temas precisam ser melhor defendidos, a idade mínima de 65 anos tem em qualquer país desenvolvido", destacou.

Após palestras para clientes do BTG Pactual, na capital paulista, ele disse que a reforma é necessária para garantir aposentadorias no futuro e em condições favoráveis para os brasileiros, como inflação baixa. 

A respeito da Previdência dos militares, tema que o governo tem tratado com cuidado, Maia falou que "não tem dedo nenhum" nessa questão e que o assunto está sendo discutido com a Casa Civil e o Ministério da Fazenda. Sobre os servidores públicos no geral e os políticos, Maia destacou que esses grupos estão na reforma.

Analisar as reformas é a "maior demanda" do Congresso neste momento, destacou. Ele se disse otimista com o encaminhamento da proposta. 

Supremo

Comentando os discursos de parlamentares que defenderam mudanças na forma de escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) após a indicação de Alexandre de Moraes, Maia disse que esse não é o tema com mais prioridade no País atualmente. "Até porque a escolha do próximo ministro não vai ser nesse governo, vai levar quatro anos no mínimo. Temos outras prioridades na agenda do Brasil agora, não que o sistema seja o melhor e que não precisa ser modificado", afirmou Maia. Ele destacou ter um posicionamento de como deve ser a escolha de ministros para a Suprema Corte.

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