O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou nesta terça-feira (25) após almoço com o presidente Michel Temer, ministros e governadores, a decisão da executiva do PSB em fechar questão contra as reformas da Previdência e trabalhista e disse acreditar que ela pode ser revertida.
Segundo Maia, os governadores do partido que estavam no almoço mostraram apoio à reforma previdenciária. "O PSB, o governador Paulo Câmara (PE) esteve aqui e é radicalmente a favor da reforma da Previdência, ele soltou uma nota hoje falando desse assunto. Então, eu não tenho nenhuma dúvida que os deputados do PSB e a própria direção poderão nos próximos dias avaliar com cuidado", disse.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, estava presente. Já o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o terceiro que a legenda possui, não compareceu.
Maia afirmou ainda que acredita que os parlamentares do partido sabem a importância das reformas, e ponderou que "respeita a decisão" da legenda.
O presidente da Câmara disse ainda que acredita que conseguirá manter a votação da reforma da previdência no plenário no dia 8. Questionado sobre sua afirmação de que poderia adiar para o dia 15 a votação em plenário, Maia afirmou que tinha admitido essa mudança, se o governo não tivesse voto para aprová-lo. "Mas quem disse que a gente não vai ter voto dia 8?", rebateu. Ao ser indagado se um adiamento do dia 8 então significaria que o governo não conseguiu votos até a data, Maia apenas respondeu: "não sei".
Maia disse ainda que o presidente Michel Temer está confiante que a reforma será aprovada. Segundo ele, da ultima semana para esta há um "novo texto" e por ele ter sido negociado com os parlamentares a tendência é que a resistência às mudanças diminua. "Os deputados vão conhecer o novo texto e se sentir parte dele", disse.
Maia rechaçou ainda a possibilidade de novas mudanças no texto e afirmou que há um acordo com o relator Arthur Maia para que não se mexa mais no projeto.