Em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, na tarde desta quinta-feira (28), O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar as reformas propostas pelo governo Temer e afirmou que será candidato em 2018. "Hoje eu posso dizer com certeza: quero ser presidente outra vez. Vou pedir ao povo brasileiro a licença para votar em mim", garantiu o petista ao falar sobre as manifestações que se espalham pelo País contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas.
Para mim, não tem plano B. Não tenho nenhuma preocupação com impedimento, porque para isso é preciso que acusem com base em provas
Lula também disse que não tem "nenhuma preocupação" com qualquer impedimento judicial contra a candidatura à presidência no ano que vem. "Para mim, não tem plano B. Não tenho nenhuma preocupação com impedimento, porque para isso é preciso que acusem com base em provas (...) se eles quiserem que eu não seja candidato, vão ter que rasgar a constituição", afirmou. Rasgaram a CLT. Ela era a garantia mínima de direitos dos trabalhadores. Qual é o poder de barganha que têm os trabalhadores">Leia Também
Durante a entrevista o ex-presidente foi enfático nos argumentos contra as reformas que tramitam no Congresso, e são os motivos para a greve geral que acontece em diversas cidades do País."Quer que o País volte a crescer? Tem que incluir os trabalhadores e os mais pobres no orçamento da União. Rasgaram a CLT. Ela era a garantia mínima de direitos dos trabalhadores. Qual é o poder de barganha que eles tem ?" questionou.
Sobre o ex-ministro Antonio Palocci, Lula disse não temer a possível delação que está prestes a ser acordada. "Não tenho preocupação com nenhuma delação. Palocci é meu companheiro há 30 anos, é um dos homens mais inteligentes desse País. O Palocci pode contar tudo o que ele souber. Pode prejudicar muita gente, menos eu" disse. Preso desde 2016, Antonio Palocci contratou um novo advogado. A mudança na defesa tem como objetivo negociar a colaboração do petista com investigadores da Lava Jato.