Convocação de Constituinte de Maduro é 'golpe', diz governo Temer

Na segunda-feira (1º), Maduro convocou uma "Constituinte popular", cujos 500 integrantes serão escolhidos por setores sociais e por comunidades
AFP
Publicado em 02/05/2017 às 17:37
Na segunda-feira (1º), Maduro convocou uma "Constituinte popular", cujos 500 integrantes serão escolhidos por setores sociais e por comunidades Foto: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O ministro Aloysio Nunes qualificou nesta terça-feira (2) como "golpe" a proposta do presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte "popular", com legisladores que não serão escolhidos pelo voto universal, em meio à grave crise que atinge a Venezuela.

"Qualifico como um golpe a proposta do presidente Nicolás Maduro de convocar uma Assembleia Constituinte na Venezuela. É mais um momento de ruptura da ordem democrática, contrariando a própria Constituição do país", disse Nunes em uma mensagem divulgada em seu Facebook.

Depois de afirmar que o governo de Caracas se tornou uma ditadura, o ministro das Relações Exteriores ressaltou que essa Constituinte não será eleita pelo voto direto dos venezuelanos, mas por "organizações sociais controladas pelo presidente Maduro para fazer uma Constituição de acordo com o que ele quer".

Na segunda-feira (1º), Maduro convocou uma "Constituinte popular", cujos 500 integrantes serão escolhidos por setores sociais e por comunidades.

A oposição venezuelana é contra a convocação de Maduro para mudar a Constituição, alegando que afasta seu objetivo de realizar eleições gerais.

O Brasil faz parte do grupo de oito países latino-americanos que engrossaram, recentemente, o pedido feito pelo papa Francisco para que se estabeleçam as garantias necessárias para se chegar a uma saída negociada para a crise na Venezuela.

O governo de Michel Temer foi muito crítico com a gestão de Maduro, diferentemente da aproximação com o chavismo dos governos Dilma Rousseff (2011-2016) e Lula (2003-2010).

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