O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira, 11, que o governo tem uma série de programas para a Região Nordeste, como a Transposição do Rio São Francisco. Em participação no programa Agora Brasil, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ele lembrou da necessidade da aprovação da reforma da Previdência para que a economia cresça e a região receba os efeitos positivos.
"O problema do Nordeste, assim como o do Brasil, é a recessão. Temos que garantir que o emprego volte e a inflação caia, para que o País volte a crescer como um todo", afirmou, em participação no programa Agora Brasil, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Por isso, repetiu o ministro, é preciso garantir que a Reforma da Previdência seja suficiente para devolver a confiança para que a economia cresça. "A Reforma que está no Congresso está no tamanho adequado", avaliou.
Meirelles atacou as medidas propostas pelo deputado Newton Cardoso Junior (PMDB- MG) no relatório da Medida Provisória 766, que criaram um "Super Refis" ao perdoarem quase a totalidade das multas aos devedores à União.
"Estamos aguardando que essa MP seja votada pelo Congresso. De fato, A mudanças feitas pelo relator não são medidas que são adequadas do ponto de vista fiscal na medida em que o que iria se arrecadar nesse processo cairia muito. Isso também gera uma perda de incentivo para que as empresas paguem os seus impostos", afirmou, após participação no programa Agora Brasil, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O ministro defendeu que o relatório do deputado - já aprovado em comissão mista no Congresso - seja modificado no plenário da Câmara. "São propostas preliminares e trabalhamos para que sejam revertidas no plenário para algo que seja próximo do que foi proposto. Queremos garantir que tenhamos no fim do processo uma medida que garanta que as empresas possam regularizar as suas situações, conseguir declarar suas tributações e obter novos empréstimos para voltarem a produzir", completou Meirelles.
Meirelles argumentou que os trabalhadores serão beneficiados com a Reforma da Previdência porque a economia irá crescer com menor inflação e, principalmente, porque terão garantia de que irão receber a aposentadoria no futuro.
Para o ministro, o grande desafio do País é a aprovação de reformas estruturais que buscam garantir taxas maiores de crescimento da economia. "Hoje, por exemplo, gasta-se 101 dias para abrir uma empresa em São Paulo e baixarem esse tempo para sete dias e depois para três", afirmou.