Presidente da holding J&F, que controla empresas como a JBS - dona da Seara e da Friboi - e a Eldorado, organização do setor de celulose, o nome de Joesley Batista surgiu como uma bomba na noite dessa quarta-feira (17). O empresário foi o responsável pela gravação de uma conversa em que o presidente Temer dá aval para que propina seguisse sendo paga para o ex-deputado Eduardo Cunha, segundo o Jornal O Globo.
Antes de ganhar fama como delator, Joesley elevou o nome da JBS fora do país entre 2006 e 2011, consolidando a marca como a maior processadora de carne bovina do mundo. Após atuação na presidência executiva passou o comando para o irmão, Wesley. A empresa viu o faturamento crescer de R$ 4 para 160 bilhões.
A tradição no ramo vinha de família. Em Anápolis, Goiás, os Batista fundaram nos anos 50 a Casa de Carne Mineira sendo usada posteriormente para suprir os refeitórios das obras em Brasília.
O grupo o qual é presidente ainda possui braços em outros ramos, sendo dono da Havaianas, da Minuano e do banco Original.
Além da alardeada vida profissional, Joesley também possui a vida pessoal sob os holofotes. Casado com a ex-apresentadora do Jornal da Band Ticiana Vilas Boas (com quem teve o quarto filho, batizado com seu nome) ele contratou a cantora Ivete Sangalo e a dupla Bruno e Marrone para seu casamento e costuma marcar presença em eventos sociais.
Os três outros filhos são de um relacionamento anterior. É atribuída a ele também a compra de uma ilha que pertencia ao casal Angélica e Luciano Huck, em Angra dos Reis, e um apartamento na Quinta Avenida ao custo de US$ 15 milhões de dólares.
No próximo dia 22 de maio, o empresário deve retornar ao Brasil para depor à Polícia Federal.