Para justificar a visita do dono da JBS, Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, fora da agenda oficial, o presidente Michel Temer argumentou, em entrevista à Folha de São Paulo, que o empresário deveria querer conversar sobre a Operação Carne Fraca."Ele é um grande empresário. Quando tentou muitas vezes falar comigo, achei que fosse por questão da Carne Fraca", disse o peemedebista. O problema é que o encontro com o empresário aconteceu no dia 7 de março deste ano, 10 dias antes da deflagração da operação por parte da Polícia Federal.
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"Ele tentou três vezes me procurar. Ligou uma vez para a minha secretária, depois ligou aquele rapaz, o Saud (outro diretor da JBS), eu não quis atendê-lo. Houve um dia que ele me pegou, conseguiu o meu telefone, e eu fiquei sem graça de não atendê-lo. Eu acho que ele ligou ou mandou alguém falar comigo, agora confesso que não em recordo bem", respondeu perguntando sobre a procura do empresário.
Sobre a visita não estar na agenda oficial, Michel Temer afirmou que "muita vezes eu marco cinco audiências e recebo 15 pessoas. Às vezes à noite, portanto inteiramente fora da agenda. Eu começo recebendo às vezes no café da manhã e vou para casa às 22h, tem alguém que quer conversar comigo. Até pode-se dizer, rigorosamente, deveria constar da agenda", relatou.