Logo no início da sua fala, a ministra do TSE Rosa Weber revelou seu posicionamento favorável ao ministro Herman Benjamin, relator da ação, e votou pela cassação da chapa Dilma-Temer. Ela citou os gastos com as empresas gráficas e afirmou que as ações são frutos de um sistema político “falido”.
“Recupero uma observação inicial do ministro Herman de que essas ações são filhas de um sistema político falido que não mais se sustenta e que tem que ser revisto”, afirmou a ministra. "Juiz algum fica feliz quando condena", disse Weber, que é ministra do STF. "Mas não podemos deixar de julgar", acrescentou.
A ministra do TSE, durante a leitura do seu voto antecipado, se limitou a dois tópicos. O primeiro deles é o gasto com as empresas gráficas que, de acordo com ela, integram as iniciais. O outro ponto é o abuso de poder econômico, configurado no recebimento de doações oficiais de empresas contratadas pela Petrobras, sob alegação de distribuição de propinas.
De acordo com ela, os fatos são de "extrema gravidade". Entre as alegações, as gráficas teriam emitido notas frias de serviços não realizados, cujos montantes ultrapassaram R$ 30 milhões. Ela cita documentos, depoimentos e decisões anteriores do tribunal, que apontam para decisões de cassação de mandato ou diploma de políticos eleitos. Rosa Weber já antecipou seu voto pela cassação da chapa Dilma/Temer.
O voto dela deixou o placar empatado, com três votos para cassação: Herman, Luiz Fux e Rosa; e três contrário: Tarcísio, Admar e Napoleão.
Gilmar Mendes, presidente do TSE, dará voto de Minerva.