A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra um pedido de arquivamento de inquérito feito pela defesa do presidente Michel Temer, que alegou não haver indícios mínimos necessários para que possa vir a ser feita uma denúncia contra o peemedebista. O procurador-geral, Rodrigo Janot, afirmou que é impossível fazer qualquer avaliação - seja pelo oferecimento de denúncia, seja pelo arquivamento - antes da conclusão das investigações por parte da Polícia Federal.
A manifestação da PGR chegou antes de a PF devolver os autos ao Supremo prestando informações e solicitando ampliação do prazo para a conclusão das investigações.
Janot até menciona que "os autos do inquérito ainda não aportaram a este Tribunal" e diz que "a Procuradoria-Geral da República aguardará o recebimento das peças de informação para analisá-las, juntamente com os argumentos aqui expendidos".
O procurador destaca que terá um prazo de cinco dias para oferecer a denúncia ou para pedir arquivamento, de acordo com Regimento Interno do STF, a partir do recebimento da peça informativa encaminhada pela autoridade policial.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo publicou na quinta-feira, 15, Rodrigo Janot oferecerá denúncia antes do fim do relatório da PF se entender que há risco de a prisão de Rodrigo Rocha Loures perder a validade, devido à conclusão do prazo para o inquérito quando há investigado preso. Mas a intenção é aguardar mesmo o final da investigação pela PF.