No dia em que sua defesa apresentará as alegações finais ao juiz Sérgio Moro, no caso do tríplex, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "não acredita" que será preso pela Lava Jato. O petista reafirmou nesta terça-feira, 20, à rádio Tupi AM, a sua inocência e disse que "para ser preso no Brasil ou em qualquer país do mundo, a pessoa tem que ter cometido um crime".
O ex-presidente chamou a peça de acusação feita pelo Ministério Público de "piada" e disse esperar que Moro "leia os autos do processo para que possa, definitivamente, anunciar ao Brasil a sua inocência".
Ainda na entrevista, Lula chegou a dizer que já pediu que os procuradores da Lava Jato, responsáveis pela denúncia contra ele, "deveriam ser exonerados a bem do serviço público porque inventaram uma grande mentira". O ex-presidente criticou, também, os meios de comunicação e disse que, junto com os procuradores, "não sabem como sair da mentira que contaram".
Nesta ação, o ex-presidente é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propinas da OAS que, em troca, teria fechado três contratos com a Petrobras, supostamente por ingerência de Lula. A acusação é de recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.
Questionado sobre uma eventual candidatura em 2018, Lula falou à rádio que seria precipitado e que poderia gerar uma ação por antecipação de campanha. "Precisa ter convenção partidária, estamos fora de época. E eu sei que tem gente no Ministério Público tentando abrir processo contra mim por antecipação de campanha", disse.