STF

Maia terá que explicar não andamento de pedidos de impeachment

Alexandre de Moraes do STF deu 10 dias para que Rodrigo Maia responda aos questionamentos
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/06/2017 às 21:21
Alexandre de Moraes do STF deu 10 dias para que Rodrigo Maia responda aos questionamentos Foto: Foto: ABr


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou explicações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a respeito da não apreciação dos pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer (PMDB), diante do questionamento feito por quatro deputados federais em um mandado de segurança apresentado ao Supremo. O ministro fixou um prazo de 10 dias para a resposta.

Alegando omissão por parte de Rodrigo Maia, os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ), Aliel Machado (Rede/PR), Henrique Fontana (PT-RS) e Júlio Delgado (PSB-MG) protocolaram a ação na noite da quarta-feira, 28, no STF pedindo que a Corte concedesse uma liminar obrigando o presidente da Câmara a dar andamento aos pedidos de impeachment. Eles apontaram que a Câmara recebeu, nos últimos 40 dias, 21 denúncias por crime de responsabilidade contra Temer, "sem que nenhum andamento fosse tomado".

"Antes de apreciar o pedido de liminar, considero indispensável o conhecimento prévio das informações a serem prestadas pela autoridade impetrada o presidente da Câmara", disse Alexandre de Moraes em decisão nesta quinta-feira, 29.

Os autores do mandado de segurança alegam que a fiscalização do Poder Executivo é atribuída aos órgãos coletivos do Legislativo, e não aos seus membros individualmente. Ao não dar nenhum despacho nos pedidos de impeachment, o presidente da Câmara estaria "ferindo direito líquido e certo dos parlamentares de se pronunciarem sobre o tema".

"A autoridade impetrada possui papel central na tramitação do processo de impeachment, porém não possui poderes para obstar de maneira infundada a tramitação de denúncias de crime de responsabilidade", argumentam os deputados.

Mandado de Segurança

O Mandado de Segurança pretende que o Supremo determine ao presidente da Câmara que analise a presença dos requisitos formais nas denúncias já apresentadas, e providencie a instalação das comissões especiais para analisar o mérito daquelas que estejam em conformidade com a legislação.

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